quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Celebração


Hoje não se passa nada, é

como se nada fosse, porque

quando um dia começa, é

só outro que acaba.


E os dias e os meses e

os anos nada são numa

curta vida humana, ínfima fracção

no tempo do universo.


Ainda assim, nada que seja, é

mais um ano, mais um mês,

mais um dia, uma hora, um segundo.


É só um sopro, mas

é vida que se celebra.

Feliz 2010!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Propósitos para o ano novo

Uma lista pequena, não vá eu ter mais olhos que barriga:
  • Voltar a fazer caminhadas
  • Escrever cartas à mão (nem que sejam só os postais de Boas Festas)
  • Usar sempre luvas para lavar a loiça
  • Não acumular tantos talões de compras na carteira
  • Ter tempo para tudo

Novas leituras

Reflectir sobre novas experiências de leitura, sobre o futuro dos livros e sobre o devir da imaginação: Aqui




Imagem de Andrew Bannecker em www.washingtonpost.com

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

DAR as Boas Festas

Está visto que agora só Natal e no corrupio dos postais e das mensagens de Boas Festas que caem na caixa de correio electrónico, recebi uma que achei a mais original e que deixo aqui.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Segredos


Gosto dos meus livros velhos. Gosto do toque áspero do papel. Gosto do seu cheiro adocicado e até das suas páginas amareladas.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Natividade



Recuperada do baú dos papéis esquecidos:
"A Natividade" de Manuel Cabanas - gravura em madeira reproduzida no "Povo Algarvio" de 25-12-1949 e replicada pelo GEA-Grupo de Estudos Algarvios no Natal de 1978.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

As traças

Encontrei recentemente, nos papéis velhos, um texto que escrevi nos anos 80, dirigido a alguém que me teria desiludido com uma faceta excessivamente yuppie. Teria sido tal a desilusão que me apressei a derramá-la numa folha assumindo-me como alguém totalmente fora de época e desajustada da sua própria geração. O desabafo ficou guardado e esquecido todos estes anos e agora ao reencontrá-lo, por muito que me esforce, não consigo lembrar-me de quem me teria provocado tamanha reacção. É como se uma das traças que por vezes me estragam as camisolas no roupeiro, se tivesse instalado na minha cabeça e se tivesse insidiosamente alimentado de um bocadinho de memória. Uma branca total. Um buraco (trou de mémoire), como dizem os franceses.

Deixa-me aqui pendurar o insecticida, para ver travo esta praga.



domingo, 13 de dezembro de 2009

Gormiti


Supermercado. Corredor dos brinquedos. Um miúdo com os seus cinco anos num berreiro que nem quê e a mãe a explicar-lhe que não iria gastar tanto dinheiro num determinado item que nem valia a despesa. “ Mas olha se quiseres, escolhe um gormiti”. O miúdo mantém o berreiro. “Vá se quiseres, escolhe. Decide-te ou vamos embora”. O miúdo já só funga e mãe incentiva-o “Olha estes tão lindos!”. Lindos?????. Eu que já lá estava a olhar para eles (para levar uma caixinha para o meu afilhado) e ainda não tinha conseguido ver nenhum em que achasse piada… Mas ele há bonecos mais feios? Se calhar é porque eu não estou por dentro das suas histórias, mas de lindos não me parece que tenham nada. Enfim. O miúdo acabou por escolher os seus e eu também lá optei por uns …talvez pelas cores amarelo e dourado dos ditos.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O burro de presépio

Ao virar da esquina, passando pelo Ofício Diário, resolvi entrar na Barbearia do senhor Luís e deparei-me com um concurso de Natal que nos desafia a publicar e enviar-lhe um burro de presépio. Sou novata nestas andanças, mas decidi arriscar. Até porque ultimamente tem-me dado para aderir a passatempos (coisa que nunca fazia...). Ainda outro dia enviei também o Menino Jesus para a RFM ( passatempo onde está o menino? que decorre até 22 de Dezembro). Ora então aqui está:
É o burro do presépio da minha prima E., todo feitinho à mão, original que nem ele...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Agora sim...



8 de Dezembro é o início da minha contagem decrescente para o Natal. 8 de Dezembro, Dia da Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal, é o dia em que as decorações de Natal saem das caixas de arrumação e voltam a respirar o ar da minha casa. Já está “armado” o Menino, que é como quem diz que já coloquei o meu Menino Jesus de pé, num trono enfeitado com panos bordados. Só não tenho as searinhas… que eu não sou nada dada à “jardinagem” e a verdade é que nem tentei fazê-las este ano, já que a minha experiência do ano passado não resultou grande coisa.


Para quem não sabe, este tipo de Menino Jesus era feito pelos "pinta santos", numa forma de arte popular característica do final do século XIX e início do século XX.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Les moulins de mon coeur

Das inúmeras versões desta canção que povoam a rede, prefiro mesmo o original e na voz, enquanto jovem, do seu autor, Michel Legrand.

Só não encontrei um clip da canção que eu procurava e que me conduziu a esta. O que eu queria mesmo, esta noite, era "La valse des lilas" cantada pelo Michel Legrand.

Despertar

Bom, bom... é acordar às 7 da manhã (o relógio biológico não falha...), pensar por dois ou três segundos e concluir que é fim-de-semana, que me posso virar para o outro lado e continuar no quentinho dos lençóis. Mas acabou-se...e amanhã já não há quentinho para ninguém.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Semana da Preguiçosa


Para quando uma semana como a da p. 22 deste livrinho?

Na segunda me deito
na terça me levanto
na quarta é dia santo
na quinta vou à feira
sábado vou-me confessar
no domingo comungar
diga-me lá; ó comadre,
quando hei-de trabalhar?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Tinta permanente


Dá para acreditar que ainda tinha guardada a minha primeira caneta de tinta permanente? Aquela que foi comprada por instrução da professora primária, quando, algum tempo depois de eu ter entrado para a primeira classe, ela considerou que eu já estava em condições de passar do lápis para a caneta... Está sem brilho, coitada... e tem a tampa rachada, mas recorda-me o orgulho que senti quando a estreei. Era cor-de-vinho e a minha prima E., pela mesma altura, estreou uma igualzinha, mas verde escuro.