domingo, 28 de agosto de 2011

Passeio de domingo (64)







Até à Senhora da Rocha, Lagoa.

Um passeio pré-agendado para ficar convosco por mais alguns dias, pois ausento-me novamente sem acesso à blogosfera.








sábado, 27 de agosto de 2011

La mer



Hoje vi o mar assim...

... e resolvi ouvir "o mar" numa voz e numa melodia de antigamente...



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Para adoçar o dia... clafoutis de uvas

Há dias comentei uma tarte de morangos da Isa GT, prometendo deixar aqui a receita de uma tarte de uvas que tinha feito pouco tempo antes do seu post. Na resposta ao comentário ela prometeu a receita dela em troca. Vamos então ver se isto resulta. Na verdade esta “especialidade” é uma coisa que fica a meio caminho entre a tarte e o pudim. Roubei-a aos franceses e fiz mais ou menos assim:

Comecei por untar uma forma de tarte com margarina. Liguei o forno a 180º para ir aquecendo. De seguida arranjei as uvas cortando os bagos ao meio e retirando-lhes as grainhas. Forrei com elas o fundo da tarteira. Misturei uvas brancas e pretas.

Coloquei 100 g de farinha num recipiente, juntei 180 g. de açúcar e mais um pacotinho (20 g) de açúcar baunilhado. Acrescentei 4 ovos e bati bem a mistura. Por fim, fui juntando aos poucos 40 cl. de leite. Deitei este preparado sobre as uvas e levei ao forno cerca de 40 minutos.

Et voila!





Só espero que a Isa GT resolva depressa o seu problema informático para eu lhe poder cobrar a receita da tarte de morangos...

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Vida de cão



Há dias em que me questiono sobre a expressão "vida de cão", normalmente utilizada em tom de queixa. São dias em que, na verdade, não me importaria de trocar a vida de gente por uma vida dessas...

domingo, 21 de agosto de 2011

Passeio de domingo (63)





Com o azul do céu e o branco das nuvens à disputa por um lugar ao sol, não fui mais longe do que à minha "santa terrinha" para assistir à missa dominical.







sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Olhar de verão (6)



A ver se o vento começa finalmente a soprar de feição...

Amor e óleo de côco

Aparentam estar a meio caminho entre os cinquenta e os sessenta anos. Chegam com um guarda-sol que ela planta no areal enquanto ele pousa duas cadeiras de praia vermelhas e dois sacos cor de laranja com palavras de verão inscritas na lona. Despem a túnica e a t-shirt que acomodam nos varais da sombrinha e caminham de mãos dadas até ao mar. O biquíni dela mostra metade das nádegas, assemelhando-se a um estreito folhinho preso na anca. À volta sobram outros folhos de pele já bronzeada.
Depois do banho de mar, regressam à sombrinha. É ela quem estende as toalhas lado a lado. É ela que retira a leitura dos sacos. Entrega-lhe o Correio da Manhã que ele, já deitado, começa a folhear. Para ela sai, do saco para cima da toalha, o Caim de Saramago. Agarra ainda numa bolsa de plástico transparente da qual retira dois frascos de óleo bronzeador. Pega num deles e, de joelhos, junto ao homem, começa a untá-lo meticulosamente enquanto ele continua a ler o jornal. Arregaça-lhe as pernas do calção para que mais um palmo de coxa possa também dourar ao sol. Espalha o óleo com total dedicação, desde o rosto até aos pés do seu amor. Ele mantém-se firme na leitura.
A brisa leva o cheiro doce do óleo até à vizinhança enquanto ela troca de frasco e enceta novo processo de aplicação em si própria.
O sol reflete-se no brilho gorduroso dos dois corpos deitados lado a lado. O Caim descansa também junto a ela.
Quando ele se vira de barriga para baixo e se acomoda na continuidade da leitura ela está alerta. De imediato se levanta, pega no óleo dele e acaba a tarefa antes iniciada, espalhando novo brilho pelas costas do amado.
O sol aquece agora a pique e eu, aqui de trás, juraria que o óleo de côco começa a borbulhar-lhes sobre a pele.

domingo, 14 de agosto de 2011

Passeio de Domingo (62)







Apesar das minhas ausências desta esquina - isto está praticamente em modo de pausa - não podia falhar com o passeio de domingo. Então cá está ele. Feito ao som das cigarras e com a descoberta de que embora o mato esteja seco, ainda há flores nos espinhos para alimentar as abelhas.







quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Luz




Sobre o branco de luz pura cai, fulgurante, a luz do dia, a luz do sol, a luz da cal.


domingo, 7 de agosto de 2011

Passeio de Domingo (61)









Este passeio só é de domingo porque o sábado teve a gentileza de o oferecer ao dia seguinte. Sem condições logísticas que me permitam hoje passear e postar, deixo imagens de Loulé captadas e editadas ontem.






sábado, 6 de agosto de 2011

Praia



Tenho o meu livro de ponto cheio de faltas. Dias e dias sem passar pelos blogues que gosto de visitar. Dias até sem passar aqui pela esquina, nem que fosse para dar uma varredela no passeio. Mas, no meio das ausências, ainda vi que o Carlos Barbosa de Oliveira nos convidou a postar sobre a praia da nossa vida para que ele fosse dando conta, nas suas Crónicas do Rochedo, das “praias da vida dos outros”.



Já no ano passado participei no passatempo de verão do CR, com um postal de férias. Este ano, não poderia faltar à chamada.



Mas que praia haveria eu de aqui postar, se eu abro a janela e tenho um horizonte cheio delas?



Escolho recordar a minha primeira praia, aquela que frequentava quando era criança e, na maré vazia, brincava nas poças de água – verdadeiras piscinas - que aqueciam ao sol entre os rochedos.







A praia dos Olhos de Água, era, nos anos 1960, a praia de eleição das gentes de Boliqueime. Nas aldeias poucos seriam os que tinham automóvel e as viagens em família faziam-se em carro de besta ou de comboio e a pé. Lembro-me bem de apanhar o comboio para descer no apeadeiro da Patã – hoje já não existem apeadeiros, a não ser a estação de Boliqueime que, tendo sido fechada, se transformou num deles – para prosseguir a pé até à praia. Ainda era longa a marcha, pés trôpegos pelo caminho de terra batida e de areia por causa do peso das alcofas que levavam o farnel.



A toponímia é um processo recente aqui na freguesia. Há apenas uns dois anos que as ruas ganharam nome. O facto é que, passando agora pela Estrada Nacional 125, verifico que a esse caminho perpendicular que utilizávamos, chamaram “Rua da Praia”. Pois, por essa rua seguíamos, em ida e volta de um dia balnear.




[verão 2010]




[maio 2011]


A praia dos Olhos de Água, assim designada, em virtude dos “olheiros” de água doce que brotam debaixo das rochas quando estas ficam a descoberto na maré vazia, é uma praia pequena, de pescadores, que se tornou numa “mini-Albufeira” com as suas encostas invadidas por hotéis e apartamentos de férias. Esta é a sina das pequenas maravilhas da costa algarvia. Todos querem usufruir delas. Mesmo assim, a praia dos Olhos de Água não perde o seu encanto. O que ela perdeu, no inverno passado - facto recentemente muito noticiado na imprensa - foi um dos seus emblemáticos rochedos. Precisamente o rochedo perto do qual se situam as famosas nascentes de água doce e que marcava a fronteira entre a praia dos Olhos de Água e a do Barranco das Belharucas, a leste.



Ao olhar hoje para esse lado da praia, fico com uma sensação estranha. Faz-me falta aquele rochedo. Já não está lá, mas para mim está.




[verão 1967]


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Olhar de verão (5)




As palavras continuam amuadas. Pior para elas.

Valha-nos uma gaivota bem disposta.