domingo, 30 de setembro de 2012

Passeio de domingo (116)


Pelo campo, aqui mesmo ao pé de casa e num dia de muito sol... só para contrariar o boletim "mentirológico" que ontem, no jornal da noite televisivo, dizia que o Algarve estaria hoje nublado.









terça-feira, 25 de setembro de 2012

Portanto


A senhora veio à reunião e falou. Falou muito. Contou as suas histórias pessoais com muitos portanto pelo meio. Palavra sim. Palavra portanto. Palavra sim. Palavra portanto. Era simpática aquela senhora. Mas nunca mais se calava. Contou pormenorizadamente a sua história. Descreveu tudo, tudo até à marca de cada acessório que trazia no dia da dita e contada história. A marca da mala. Portanto. A marca da carteira. Portanto. E nunca mais se passava ao tema da reunião. E ela, portanto. E quando ela parecia estar a concluir a história, a minha colega, muito interessada, perguntava-lhe algo mais. Ora, portanto, a senhora lá recomeçava. E mais uma vez portanto. E eu a ficar com os nervos em franja. E eu capaz de matar a minha colega que continuava a querer mais pormenores da história. Era simpática aquela senhora. Mas nunca mais se calava. Portanto. Lá recomeçava o contarelo. Lá se atrasava a entrada em cena do assunto que motivava a reunião. Portanto para aqui. Portanto para ali. Enfim.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

domingo, 23 de setembro de 2012

Passeio de domingo (115)




Depois da trovoada ao final da manhã, o início da tarde ofereceu-me um passeio por caminhos de terra ruiva com cores a condizer com uma estação novinha em folha.








quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Barak


O Barak veio para “substituir” o PJ de que em tempos aqui falei. Não corre tanto mas come com a mesma sofreguidão. O Barak é único. Como serão únicos todos os cães e todos os seres. Mas que nunca vi nenhum cão nesta posição de repouso… lá isso nunca vi. E é assim que o Barak está quase sempre.


Ladeira




A vida é uma ladeira, mulher…
Tens de subi-la.
Por vezes caindo
Mas sempre retomando o caminho
Segue.
Vai rumo ao cimo.
Empurra o tempo que encolhe à tua frente.
Não olhes para trás. Não há volta a dar.
Há um só sentido.
Não há que enganar.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Indecisão


Fiz um bolo com cobertura de chocolate. A casa ficou com um cheiro doce … doce.
Está calor e saí à varanda para apanhar o fresco da noite. Lá fora reina a fragrância de uma trombeteira em flor. Tenho o nariz num dilema e não sei se fique na varanda ou se me feche em casa. 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

História de grão


Quis colocar um ponto final naquela situação. Há muito que estava farto de confusões -  barra -  discussões. Exclamou basta. Escreveu-lhe um e-mail dizendo-lhe que estava cansado das suas reticências e que não se preocuparia mais com a pontuação.





domingo, 16 de setembro de 2012

Passeio de domingo (114)




Hoje fiz dois passeios. O da manhã fica de reserva para um dia destes. Deixo o da tarde, a olhar flamingos e não só.






sexta-feira, 14 de setembro de 2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

terça-feira, 11 de setembro de 2012

A vida secreta dos objetos - os velhos de pedra



Perguntas-me se eu não me canso de estar sempre aqui, sentado neste muro? Não. Um velho de pedra não se cansa nunca. Nada abala um velho de pedra. Nem o calor, nem o frio. Nem o vento, nem a chuva. Além disso não estou só. Tenho sempre a minha velha aqui ao lado. É facto que pouco conversamos. Velhos de pedra não conversam. Apenas estão. E nós apenas estamos aqui. Cumprimos a nossa função. Decoramos o muro desta casa, somos olhados por quem passa e também olhamos. Como agora te estou a ver com essa máquina fotográfica junto à face. 
Fotografa, fotografa. Somos giros, não somos? Diz lá que não temos muito mais graça do que dois leões, por exemplo? Ou duas águias, que também as há de pedra e em postos como este. Eu sei… temos muito mais pinta. Somos velhos e combinamos bem com o ambiente rústico e ao mesmo tempo poético de uma aldeia típica como esta. Fotografa, fotografa... assim levas um pouco de nós contigo. É impressão minha ou estás com inveja? Também querias ter uns velhos de pedra perto de ti, num qualquer muro da tua casa, não é?

domingo, 9 de setembro de 2012

Passeio de domingo (113)




O passeio de hoje resume-se a uma breve "paragem técnica" no caminho para Quarteira com destino ao mercado do peixe.







sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A vida secreta dos objetos - o Pai Natal de plástico



Senhores… é isso mesmo que estão a ver. Estou pendurado à parede deste prédio esquecido por quem aqui me colocou. O Natal já lá vai… ou, dependendo da perspetiva, ainda demora. E eu aqui a passar o verão com esta indumentária tão quente. Estou que nem posso. E o pior é que não vejo meio de sair daqui. Estou de tal maneira preso que nem o vento quando sopra mais forte me consegue arrancar. Ainda se eu conseguisse falar… gritava para os passantes e pedia ajuda.  Mas um Pai Natal de plástico não tem como se fazer ouvir.
Só eu sei como me sinto ridículo cá no alto. Muitas pessoas passam e nem me veem. Vão distraídas nos seus pensamentos, acorrentadas às suas preocupações e nem levantam a cabeça. Outras olham para mim e esboçam um sorriso. Gozam com a minha situação. Agora até há uma que resolveu fotografar-me. É de lado, é de frente… Soltar-me daqui é que está quieto…
Um Pai Natal, mesmo de plástico, tem mais o que fazer do que passar o ano inteiro especado na parede de um prédio. Será que não entendem isso. Até as crianças vão deixar de me dar crédito. Que graça tem verem-me aqui em permanência? O que será feito do entusiasmo das decorações natalícias quando chegar o seu devido tempo? Onde fica a surpresa? Ah… vida triste, esta!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Setembro


Ainda assim achei a N125 demasiado atulhada. Mas isso agora já nem chega a mudar. De verão ou de inverno o congestionamento passou a ser constante. Já o areal parece outra coisa. Ainda muito frequentado mas muito mais arejado. Gosto da praia em setembro. Hoje há vento. E, com o som do vento e do mar, ficam abafadas as conversas. Quase nem se ouvem as gaivotas que planam sobre a praia. Só o mar e o vento e o pregão das bolas de Berlim quando passam por perto os vendedores.

Com a maré vazia observo os apanhadores ocasionais de conquilha. Não apanham quase nada, que nesta praia já poucas há. Hoje não estou para isso mas gosto de as procurar como fazem aquelas pessoas. Rodando os pés na areia, quase como quem dança um twist  e, quando alguma emerge, apanhá-la lestamente com a mão. Observo os apanhadores de conquilhas e as barrigas que se passeiam de um lado para o outro. Há barrigas de todos os tamanhos e feitios. E não falo de barrigas de grávida. São barrigas de meia-idade de várias nacionalidades. Mais ou menos destapadas, mais ou menos descaídas, mais ou menos inchadas. São barrigas que não se importam com os olhares indiscretos. Apenas se importam em receber a carícia do vento e o calor do sol.

O vento levanta a areia, muito fina, que aos poucos me cobre o espaço desocupado da toalha. Não me importo. Estou mais interessada no pilrito que passa perto de mim debicando a areia em busca de alimento.


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Nota


Agradeço aos amigos que passaram por aqui na última semana e que me deixaram os seus comentários nos posts que eu tinha previamente agendado. Como terão percebido (até pela minha total ausência dos seus blogues) estive afastada das lides “blogosféricas” durante vários dias. A mudança de casa dos meus dois estudantes “lisboetas” deu-me muito que fazer e alterou radicalmente as minhas rotinas. Só hoje voltei a passar pela Esquina e tenho muita leitura para colocar em dia.  Devagar… já que depois desta estafa tenho que aproveitar os poucos dias que me sobram das férias…

domingo, 2 de setembro de 2012

Passeio de domingo (112)


O passeio não é de hoje porque ainda estou na senda dos agendamentos. Mas serve bem para um domingo. É a praia dos Arrifes, Albufeira.