segunda-feira, 30 de maio de 2016

Mensagem do Céu

Dos cento e tal e-mails que tinha na caixa de correio eletrónico, um era das Finanças para pagamento do imposto único de circulação e outro era do filtro anti-spam que, aparentemente, não serve de grande coisa. Tudo o resto eram promessas de emagrecimento, marcas de automóvel para experimentar, operadoras de comunicações móveis anunciando promoções, companhias de seguros, jogos da Santa Casa, escolas de línguas, melhores cosméticas, portais de imobiliário, sorteios, prémios fantásticos e até, vejam bem, um e-mail remetido por “Padre” com o assunto “Esta mensagem incrível do Céu é realmente destinada para você”.

Pois. É mesmo incrível.

domingo, 29 de maio de 2016

Passeio de domingo (309)


Volto atrás no tempo e recupero um passeio de há sensivelmente um ano para este domingo em que outras atividades se impõem ao tempo disponível. Então, andei pela Costa Vicentina, em praias como a do Amado e da Carrapateira.








Postais

Aviso a quem gosta de postais ilustrados: agora, os domingos são dias comemorativos do postal ilustrado. A efeméride celebra-se nas Crónicas do Rochedo, do Carlos Barbosa de Oliveira. Eu já andei a vasculhar as minhas caixinhas de memórias, já escolhi e enviei dois postais para me juntar à iniciativa.


Entretanto, estão lá hoje os postais da Janita.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Das palavras.

Gosto das palavras. Ponto.


Das palavras que se evaporaram, só me resta conformar-me e alegrar-me com os recomeços que vou encontrando.
E gosto de, como em poucas, muito poucas palavras, se podem contar mil e muitas  histórias.
E que dizer das palavras que queremos ser quando formos grandes? Se algum dia.
De palavras reflexão.
De palavras travessas. Ou serão atravessadas?
De palavras vivas, irrequietas mesmo.
E até sem palavras.

sábado, 21 de maio de 2016

Noite

Passei o dia embrutecida de afazeres domésticos, entre máquinas de roupa, aspiradores, panos de pó, tapetes sacudidos, baldes e esfregonas, tachos de cozinha, mangueiras de água que levam caca de pássaro à frente, roupas que mudam de armário, sapatos impossíveis que caminham para o lixo, ecopontos a abarrotar.

Sento-me finalmente.

Leio. Clico. Apetece-me comentar ali mas logo desisto. Tenho as palavras encalhadas como se fossem pó que me arranha a garganta. Engasgo-me. Levanto-me e abro a porta do terraço. Saio para a noite onde sopra um vento fresco e brilha a lua.

Respiro, enfim.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Pipinha

O gato da minha prima chama-se Pipinha
E que tem?
Pensava-se, em pequeno, que era gatinha.
Erro de avalição sem influência
Na nomeação.
Passeia-se pelo telhado, pardais em alvoroço
De seguida salta para o chão e segue
Esperto e ufano
Enquanto ao longe a dona o chama, Pipinha, Pipinha!
Vem cá, bichano.



domingo, 15 de maio de 2016

Passeio de domingo (307)



Para este domingo, em que prevejo não poder fotografar, recupero o passeio de ontem, dado em poucos passos, nas imediações de casa. 









quinta-feira, 12 de maio de 2016

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Diário

O que tenho para contar deste caminho? Apenas que hoje cheira à chuva que caiu durante dia e que ainda não secou nas poças das bermas; e que o verdete das paredes velhas está mais vívido; e que elas clamam por cal para rejuvenescer; e que as iniciais dos donos dos prédios estão pintadas de forma tosca nos marcos que os assinalam; e que os cães ladram, como sempre, à minha passagem; e que, nos quintais, as trombeteiras estão de novo em flor exalando o seu forte perfume; e que os pampilhos já estão a fechar-se para a noite que chega; e que há um grilo ruidoso ali à frente; e que soa o alarme da cancela na passagem de nível; e que ao longe o anúncio luminosos do café muda de cor de forma intermitente; e que já se ouve o estranho chamamento do noitibó; e que os candeeiros da rua se acendem lentamente; e que no céu de chumbo se desenha uma invulgar nuvem castanha; e que me surpreendo com o som da casca do caracol que esmago sem me dar conta; e que a mulher que se cruza comigo me diz boa noite; e que alguns carros passam velozes no asfalto; e que sopra um vento leve; e que já me escorrem pequenas gotas de suor pelo peito; e que regresso finalmente a casa; e que, na verdade, nada tenho para contar.

domingo, 1 de maio de 2016

Passeio de domingo (305)


Estreia-se maio com um passeio* de abril, forçado a agendamento prévio por motivo de domingo ausente da blogaria.

*Em Albufeira.