domingo, 30 de julho de 2017

Passeio de domingo (368)


Entre as oito e as nove da manhã, quando as aves tomavam o pequeno-almoço na lagoa das Dunas Douradas, à beira da praia do Garrão.









sábado, 29 de julho de 2017

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Eternidade


A lua corre atrás do sol, que corre atrás da lua, que corre atrás do sol, que corre atrás da lua, que corre atrás do sol, que corre…

terça-feira, 25 de julho de 2017

8% ou um smiley

Também a vi. Foi mesmo ao lusco-fusco. Sorriu-me como se fosse um smiley no fundo ainda rosa do céu. Mas não lhe soube tirar as medidas assim, tão precisamente.

Inventar uma vida

O homem, uma das personagens da cidade, que por vezes vejo pedindo dinheiro para, diz ele, comprar o bilhete de comboio para casa ou outra qualquer necessidade, estava sentado no rebordo da rampa de acesso ao edifício da PSP, fumava um cigarro e falava ao telemóvel. Estou – dizia – já estou no supermercado. Sim, já estou a fazer as compras.  Segui o meu caminho e não ouvi mais nada da conversa telefónica, mas fiquei a pensar em quem seria o seu interlocutor. Para quem estaria o homem a inventar uma vida?

domingo, 23 de julho de 2017

Passeio de domingo (367)


Um passeio matinal, com os pés na água, numa das minhas praias favoritas, a Falésia (Albufeira).









sexta-feira, 21 de julho de 2017

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Escaparate de ilusões

Atardo-me junto aos cremes de beleza, baralhada ante a variedade de marcas e a variedade de gamas em cada marca. Interesso-me pelas embalagens que prometem combater as rugas, pelas que asseguram esbater as manchas, pelas que afirmam reafirmar a pele, pelas que elevam a expectativa no levantar do que vai decaindo, pelas que preenchem a credulidade da reversão de uma certa perda de volume. Pego numa e noutra, e noutra ainda. Concentro-me na leitura dos rótulos tentando perceber qual mais me convirá. Analiso os destaques dos ingredientes. Aqui um ácido hialurónico, ali um colagénio. Procuro as indicações por idade, os a partir de e os entre esta e aquela. Procuro as indicações por tipo de pele. Leio cada linha, cada promessa. Atardo-me junto aos cremes de beleza, indecisa na escolha que hei de fazer, procurando a mais convincente jura de rejuvenescimento. Leio sabendo perfeitamente que, deste escaparate de ilusões, tanto me valerá este como aquele, que o tempo é uma miragem e que as palavras que em cada embalagem me acenam são menos que isso ainda. 

domingo, 16 de julho de 2017

sábado, 15 de julho de 2017

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Ir aos arames


Bailamos?

Livros

O que me dá prazer não é o vinho, não!
Nem a música, nem o canto.
Apenas os livros são o meu encanto
E a pena: a espada que tenho sempre à mão.


Al-Kutayyir

in Alves, Adalberto, O meu coração é árabe: a poesia luso-árabe, Assírio & Alvim,1987, p.138

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Arjamolho *

Tomates maduros, mas rijos, pimento verde, pepino, cebola, todos muito bem picadinhos em pequenos cubos, vão se acomodando numa saladeira xxxl. Ponho o pão, de preferência duro, também cortado aos cubos, a fazer-lhes companhia. Chegam depois os temperos de sal orégãos, azeite e vinagre. Todos juntos e misturados que estão, afogo-os em basta água fria. Muito fria. Com gelo se preciso for. Fica pronto o arjamolho, amigo dileto da sardinha assada que, por estes dias de verão, marca presença assídua por aqui.  Bendigo o arjamolho, verdadeiro super-herói dos dias em que se abre a torneira e até a água fria sai quente. 

* que é como quem diz (em algarvio) gaspacho.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Anoitecer

Leio debaixo do telheiro onde os pardais ocupas já se acomodaram para passar a noite. Aproveito a pouca claridade que ainda resta do dia a declinar. Dispenso-me de acender a luz na vã tentativa de não atrair tantos mosquitos. De nada me vale o estratagema porque até nas páginas do livro vêm pousar. São mosquitos leitores, deduzo. Nas paredes atrás de mim as osgas posicionam-se para a caça. Alimento a esperança de que os mosquitos lhes constituirão o repasto. São duas osgas. Os mosquitos, concluo, são muitos mais e nem as osgas dão conta deles. Não há sopro de vento. Os tweets das andorinhas já pararam faz tempo deixando o palco para as cigarras que cantam, ruidosas, num verdadeiro desconcerto. Um avião sobrevoa o meu espaço aéreo. Anoitece. Assumo que perco a guerra contra os mosquitos não sem antes fechar o livro na cara do último que me ataca. Ficou a saber que o livro é meu e que não estou disposta sequer a emprestar-lho.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

segunda-feira, 3 de julho de 2017

domingo, 2 de julho de 2017

Passeio de domingo (364)


Um passeio que se resume ao regresso da praia no fim da tarde. A praia é a Rocha Baixinha, Albufeira; o acesso que hoje usei, para cá da ponte sobre a ribeira de Quarteira, é Vilamoura, Loulé.